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Refood Ermesinde apoia cada vez mais famílias

  • Foto do escritor: Pedro Paupério
    Pedro Paupério
  • 22 de fev. de 2022
  • 3 min de leitura

A Refood de Ermesinde foi fundada em 2015 e apoia atualmente cerca de 30 famílias, tendo alargado o apoio a algumas instituições do concelho de Valongo. A coordenadora em Ermesinde da instituição fundada por Hunter Halder é Nina Maia e foi com ela que falamos para saber mais da situação atual da Refood. O projeto apoia centenas de pessoas e tem sido um sucesso e graças à disponibilidade dos cerca de 100 voluntários e também dos seus parceiros, restaurantes e outras empresas.


Nina Maia disse ao nosso jornal que “a Refood tem como lema aproveitar para alimentar, e é um projeto eco-humanitário, 100% voluntário, feito para e pelos cidadãos, a um nível micro-local, com o objetivo de acabar com o desperdício dos alimentos preparados e a fome da comunidade, reforçando os laços comunitários locais”.


Desde da sua fundação, em 2011 em Lisboa, por Hunter Halder – o fundador e mentor do projeto Refood – tem- -se observado um crescimento exponencial, com a abertura de muitos núcleos por todo o país. “Na prática o que fazemos é ir aos estabelecimentos recolher comida que está boa para consumo e que iria ser desperdiçada, essa mesma comida serve para alimentar muitas famílias carenciadas.” A Refood Ermesine começou apenas com pão e bolos, que eram recolhidos em algumas padarias e confeitarias locais, trabalhando apenas ao sábado. Depois da inauguração de 2018, a Refood Ermesinde passou a operar também à quarta-feira, o que resultou num crescimento exponencial, dos bolos e pão passou a assegurar a distribuição imediata dos excedentes dos restaurantes, cantinas e supermercados àqueles que mais necessitam. Tornou-se assim possível criar uma “ponte humana” que liga quem tem uma “sobra diária” com quem tem uma “necessidade diária”. “Toda a ajuda é bem- -vinda, de momento estamos a precisar de uma carrinha para ajudar no processo, porque todo o transporte está a ser feito com os carros dos voluntários.” - é o apelo de Nina Maia Com a situação atual de pandemia, a tarefa é de dificuldade acrescida, felizmente a Refood Ermesinde teve o apoio do Externato Maria Droste (Ermesinde) que foi essencial no primeiro estado de emergência. Com o encerramento das escolas, o Externato cedeu toda a alimentação que tinha nas suas arcas, disponibilizando também uma cozinheira que preparava a comida para distribuição consoante o agregado familiar de cada família carenciada. Para alegrar a entrega vários alunos escreveram mensagens e fizeram desenhos nos recipientes de comida que foram para a casa dos beneficiários. Nina Maia refere que “graças a esta ajuda a Refood Ermesinde conseguiu estar sempre aberta durante esse período, o que foi muito importante, tendo estado fechado apenas durante três semanas para se reorganizar. A reabertura foi em junho e continua com as portas abertas com um plano de contenção devido à pandemia e ao estado de emergência que vivemos”. “Estamos a conseguir ajudar todos os pedidos até este momento, ninguém fica de fora.” Com a crise que se vive, os pedidos de apoio aumentaram. Diz Nina Maia que “todos os dias há mais pedidos de apoio. Recebemos muitas chamadas e tentamos sempre ajudar essas famílias que aparecem. Isto para além de continuarmos a apoiar as que já estão a beneficiar”.


Em novembro, a Refood celebrou uma parceria com o Continente do Maia Shopping, que consiste na doação de alimento em fim de prazo de validade, mas em perfeito estado de consumo.


A ajuda foi de tal maneira significativa que a entidade se viu obrigada a criar uma plataforma para organizar a distribuição. Atualmente são apoiadas 30 famílias com agregados familiares até oito pessoas e uma dezena de instituições (Santa Casa da Misericórdia de Valongo, Conferência Vicentina de Valongo, Centro Social e Paroquial de Alfena, Fundação Allamano dos Missionários da Consolata, ADICE e outras). Atualmente a Refood trabalha quatro dias por semana e a intenção é de aumentar o número de dias.

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