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Bombeiros de Ermesinde e Valongo adaptaram-se à luta contra a Covid-19

  • Foto do escritor: Pedro Paupério
    Pedro Paupério
  • 11 de fev. de 2022
  • 3 min de leitura

Declarações de Bruno Fonseca, comandante dos Bombeiros Voluntários de Valongo e Emanuel Santos, comandante dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde.


Há um ano atrás a covid 19 apanhou o país desprevenido e por arrasto as diversas instituições como as corporações de bombeiros. Assim aconteceu com os bombeiros de Ermesinde e Valongo. Diz Bruno Fonseca, comandante dos BVV de Valongo que “tivemos de nos adaptar à realidade, a aquisição de equipamentos naquela altura era complicada e os preços eram elevados.


Mas com a ajuda da população, da própria associação, da Proteção Civil, do Município e das juntas conseguimos sempre prestar o serviço que nos era exigido”. “Tivemos de elaborar o nosso plano de contingência e proteger os nossos bombeiros. Tivemos 3 ou 4 casos de covid nos bombeiros, mas cuja infeção aconteceu no exterior. Felizmente conseguimos agir de imediato e colocar esses homens de quarentena”. Já Emanuel Santos, comandante dos BV Ermesinde que este ano celebra o seu centenário refere “este ano foi diferente. Desde março de 2020 que fomos obrigados a implementar várias alterações. Quando se ouviu falar do vírus nós começamos logo a preparar-nos o melhor possível e no dia 30 de janeiro elaboramos o primeiro documento sobre o vírus.


Fomos obrigados a fazer uma enorme ginástica com três equipas a trabalhar em espelho e uma parte dos bombeiros em casa por precaução. Foi difícil para quem estava cá nos turnos e para quem estava em casa.


Gostamos de ver os bombeiros a circular e era uma situação esquisita.” Quer os bombeiros de Valongo, quer os de Ermesinde, pararam com as escolas de recrutas que estavam a decorrer. Emanuel Santos refere que “implementamos alguma formação por videoconferência e informávamos os bombeiros que estavam em casa do que se passava. Para quem tinha de estar no quartel foi muito duro. Estávamos aqui 48 horas e havia muitos serviços e era um serviço stressante porque o perigo não se via”. Emanuel Santos lembra as ajudas que a corporação teve, nomeadamente da população das juntas de freguesia, da Câmara e das empresas. “Deu-nos uma força muito grande esse apoio” refere o comandante que recorda o investimento feito, quer com a descontaminação dos bombeiros, quer das viaturas. A determinada altura os bombeiros de Ermesinde colaboraram também com as forças de segurança para a descontaminação dos veículos. Os bombeiros de Ermesinde têm no quadro 105 bombeiros, que chegam para as necessidades, embora haja por vezes “impedimentos devido aos empregos dos voluntários. Estamos a implementar escolas de recrutas para aumentar o número de bombeiros no quadro”. Entretanto o Corpo de Bombeiros Voluntários de Ermesinde conta com um reforço numa Ambulância – a 1ª em Portugal a conter um equipamento capaz de remover eficazmente micro-organismos (SARS-COV-2) bem como, compostos orgânicos voláteis. O equipamento com certificado da CE foi entregue nesta quarta-feira dia 24 de março como forma de agradecimento e para assinalar o 100º aniversário da corporação de bombeiros.


Foi doado pela empresa Uniónica, marca comercial Uniozono, também sediada em Ermesinde, que produz e comercializa equipamentos geradores de ozono e fotocatálise, na área da desinfeção de ar, água e superfícies. Sobre o futuro, o comandante Emanuel Santos receia que um aumento de casos possa voltar a sobrelotar os hospitais, pelo que todos os cuidados devem ser tomados. Emanuel Santos defende que nos devemos proteger a nós e aos outros e ter cuidado e critica os excessos de quem não respeita as regras. Esta ideia é defendida também por Bruno Fonseca, comandante dos BV Valongo que acrescenta “trata-se tudo de uma novidade e não se sabe o que vai acontecer.


Com a vacinação a situação vai melhorar certamente, no nosso caso temos 50% dos elementos vacinados, faltando os restantes 50%, que espero aconteça rapidamente porque somos todos bombeiros e estamos todos em risco”.


A época de incêndios está cada vez mais próxima e os serviços de proteção civil municipal estão a determinar queimadas controladas de gestão de resíduos. Estas ações podem contribuir para um melhor combata a grandes incêndios. As corporações estão também a preparar-se por exemplo com formação em técnicas de condução e outros aspetos.


A verificação de caminhos é também uma constante, para intervir e prevenir surpresas. A época de incêndios foi madrasta para os BV de Valongo uma vez que perderam um veículo incendiado num fogo em Sobrado. Diz Bruno Fonseca que “felizmente temos cá os homens, que sofreram ferimentos ligeiros. Quanto à viatura aguardamos atualmente pela resolução do processo que foi entregue à ANEPC - Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, não contando com o veículo substituto para esta época florestal”. Sobre os 100 anos dos BV Ermesinde, o comandante Emanuel Santos diz que “se trata de uma idade bonita e faz-nos lembrar a quantidade de pessoas que passaram pela corporação e que fizeram um excelente trabalho de proteção. Nós existimos porque as pessoas precisam de nós e temos de continuar a trabalhar em prol da segurança desta área”.

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